sábado, 15 de outubro de 2011

Arte para todas as almas

Por Eny Miranda, Médica e poeta

As Letras marcam encontro na praça da cidade. Chegam trazidas por notas, vozes e, é claro, páginas, muitas páginas. Vêm aos bandos, de mil espaços, francanos e universais. Nascidas de almas e mãos sensíveis e diligentes, ocupam o ar, as árvores, as tendas... em revoadas e pousos, em sintaxe de acordes e versos, em canto e verbo. O espaço está aberto, a mesa, posta - toalha branca e coloridas iguarias - e todos são convidados especiais. Ali, respira-se o Belo; servem-se música, poesia e boa prosa. A Feira do Escritor Francano abre a Praça Nossa Senhora da Conceição à Arte.
No projeto Pão e Poesia, de Perpétua Amorim e Aretha Amorim Bellini, o pão-espírito embala o pão-matéria, e pode ser saboreado em casa, no café da manhã e da tarde. Nas Árvores de Poemas, da Academia Francana de Letras, os frutos-poesia, concebidos na fina fibra da sensibilidade, podem ser colhidos a qualquer momento e apreciados na intimidade da polpa e do sumo; no acre ou na doçura que tempera sua natureza de dor ou prazer. Nos contos do Grupo Ciranda, em seu projeto “Mala Itinerante: Histórias que dão a Volta ao Mundo”, a arte do (re)contar e do ouvir é perpetuada pela voz humana. No canto da irretocável banda Quintal do Poeta, com os músicos Marquinhos e Leninha, vem à baila o curso das notas dispostas em afinados fios ou reunidas em harmônicos acordes. Nas mãos das empresas Ribeirão Gráfica Editora, Editora Unifran, livraria Sebo Almanaque, Paraler e Editora Abril, Franca se abre ao mundo, nas criações e recepções que se dispõem em prateleiras, e se põem ao alcance de corações e olhos. Nos braços da FEAC
- que abrigam, além da Feira, em parceria com a Academia Francana de Letras, a Mostra de Trabalhos Literários da artista plástica e escritora Maria Goret Chagas, de Beto Chagas e Paulo Gimenez, entre outros - a Palavra também faz seu pouso e se aninha. E, em muitos outros espaços, entre as páginas de vários autores, é oferecida ao paladar dos presentes.
Hoje ainda, em momento de despedida, a praça é mesa posta, é pão e poesia, é árvore frutuosa da escrita, da fala e da música.
Sirva-se!

Fonte: Comércio da Franca, 15/10/2011

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